Seguindo com as publicações do dia...
A atividade final proposta pelo professor Ivan foi fazer a leitura e um breve resumo do texto que vem a ser o título dessa publicação, da autora Elizabeth Macedo.
O texto inicia salientando a questão das cotas para ingressar em universidades e concursos públicos em geral no Brasil, e segundo essa política, trouxe a discussão sobre o movimento negro que foi um dos principais movimentos que lutaram e lutam por essa política de cotas, nesse caso a racial. De acordo com esse pressuposto, a autora comenta sobre o multiculturalismo e seu plural significado, seja ele um termo qualitativo e/ou doutrina política.
As sociedades multiculturais existem desde os primórdios, resultantes das inúmeras migrações de povos e com isso de distintas culturas. Hoje em dia vemos esse movimento não só com as migrações, como também nos contatos virtuais. Mesmo com toda essa pluralidade de cultura, nossa história sempre foi marcada por lutas pela homogeneização da sociedade por uma cultura dominante, e isso resulta diretamente em um processo de exclusão das demais. Outra questão abordada pela autora é a centralização do Estado, segundo essa ótica de existir uma cultura "suprema", ocasionando esses movimentos reivindicatórios pela valorização das identidades particulares. É ressaltado também, a ambiguidade do sentido de nação, e a autora ainda indaga como essa ideia de nação se sobrepôs por tanto tempo a toda essa diversidade étnica, cultural existente. A autora não responde tal indagação, mas salienta que vivemos um momento que o multiculturalismo se instala como doutrina política e assim resultando na criação de projetos multiculturais, muitos deles educacionais.
Os projetos multiculturais possui algumas questões bem pertinentes, destaco a ideia de naturalização das diferenças de acordo com os projetos conservadores e o reconhecimento das diferenças pela ótica liberal humanista.
Destaco também uma importante questão levantada pela autora, se é possível o diálogo ou tradução entre as culturas. Essa questão não possui uma simples e objetiva resposta, e possui grande relação com a educação. Pela ótica dos projetos multiculturais, o diálogo entre as culturas possui caráter somatório, porém entendo que pela dimensão das diferenças, talvez não seja possível existir um diálogo entre elas, sendo necessária a perspectiva da tradução, o que ocasiona uma certa exclusão de determinada cultura, porém ela possui outros significados segundo o que o texto nos trás.
A autora finaliza salientando a importância de existir uma real política da diferença nas fronteiras entre as culturas, onde acredita ser necessário o diálogo entre elas, porém com um caráter solidário e totalmente democrático.
O texto se aprofunda em suas questões, esse foi um breve resumo onde destaquei as questões que mais me chamaram atenção, observo na sociedade a existência da supremacia americana onde ela se mantém como uma "ponte" para o dialogo entre inúmeras culturas no quesito de comunicação, além de outras questões culturais como a supremacia da cultura européia e etc. Mas o que venho a refletir é sobre essa prática, onde esta a democracia necessária para esses diálogos interculturais ?
domingo, 1 de fevereiro de 2015
Ainda sobre reprovação...
Boa tarde queridos!!
Estive um pouco distante do blog por conta de alguns imprevistos, mas hoje venho finalizar o post anterior em relação a temática das reprovações. Esse é um tema que tem sido muito discutido no âmbito educacional, e facilmente encontramos textos abordando tais discussões. Porém o que vemos acontecer na prática é a continuidade essa política que avalia e exclui. A educação tem passado por um momento que não prioriza a qualidade do ensino, o objetivo apenas é formar para adestrar, ou melhor, formar indivíduos aptos para mão de obra, de acordo com a necessidade do mercado de trabalho. As avaliações que deveriam ter um caráter metodológico, passa a ter um caráter político de controle e estatística, e todos aqueles que não se adequam a essa prática sofrem a "penalidade máxima", a reprovação. Reprovação essa que é um dos principais motivos de evasões, consolidando - se em exclusão.
Em conversa com alguns professores do Colégio Criarte, localizado no bairro de Piedade no Rio de Janeiro, pude perceber que muitos professores são contra aquilo que eles mesmo praticam, mas o fazem por determinações de um sistema que só pensa em avaliar, ou seja, o professor não possui autonomia para colocar em prática aquilo que acredita ser o certo. No geral, os professores são contra a reprovação nos anos iniciais, principalmente por acreditarem que o aluno aprende melhor quando esta junto com outros alunos de sua mesma faixa etária, e nos demais anos a reprovação acaba sendo necessária quando o aluno não consegue adquirir o mínimo de conhecimento necessário para seguir para série seguinte. Não tive oportunidade de conversar particularmente com algum aluno reprovado, mas de acordo com entrevistas feitas pelos meus colegas de aula, percebi que no geral os alunos repetentes possuem certo desconforto de falar sobre a questão.
Concluo que a temática ainda tem muito o que ser discutida, e ao meu ver, o principal impasse para os professores é a falta de autonomia que o Estado da para eles exercerem a prática que julgarem ser melhor para o processo de ensino aprendizagem do aluno, vivemos um momento de ápice das avaliações e creio que isso tenham que ser logo modificado.
E vocês companheiros de blog, concordam ou não com a reprovação ???
Estive um pouco distante do blog por conta de alguns imprevistos, mas hoje venho finalizar o post anterior em relação a temática das reprovações. Esse é um tema que tem sido muito discutido no âmbito educacional, e facilmente encontramos textos abordando tais discussões. Porém o que vemos acontecer na prática é a continuidade essa política que avalia e exclui. A educação tem passado por um momento que não prioriza a qualidade do ensino, o objetivo apenas é formar para adestrar, ou melhor, formar indivíduos aptos para mão de obra, de acordo com a necessidade do mercado de trabalho. As avaliações que deveriam ter um caráter metodológico, passa a ter um caráter político de controle e estatística, e todos aqueles que não se adequam a essa prática sofrem a "penalidade máxima", a reprovação. Reprovação essa que é um dos principais motivos de evasões, consolidando - se em exclusão.
Em conversa com alguns professores do Colégio Criarte, localizado no bairro de Piedade no Rio de Janeiro, pude perceber que muitos professores são contra aquilo que eles mesmo praticam, mas o fazem por determinações de um sistema que só pensa em avaliar, ou seja, o professor não possui autonomia para colocar em prática aquilo que acredita ser o certo. No geral, os professores são contra a reprovação nos anos iniciais, principalmente por acreditarem que o aluno aprende melhor quando esta junto com outros alunos de sua mesma faixa etária, e nos demais anos a reprovação acaba sendo necessária quando o aluno não consegue adquirir o mínimo de conhecimento necessário para seguir para série seguinte. Não tive oportunidade de conversar particularmente com algum aluno reprovado, mas de acordo com entrevistas feitas pelos meus colegas de aula, percebi que no geral os alunos repetentes possuem certo desconforto de falar sobre a questão.
Concluo que a temática ainda tem muito o que ser discutida, e ao meu ver, o principal impasse para os professores é a falta de autonomia que o Estado da para eles exercerem a prática que julgarem ser melhor para o processo de ensino aprendizagem do aluno, vivemos um momento de ápice das avaliações e creio que isso tenham que ser logo modificado.
E vocês companheiros de blog, concordam ou não com a reprovação ???
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